[Discussão]E se um meteoro caísse na terra e...

marcos.ramos
(usa Ubuntu)

Enviado em 01/10/2010 - 12:31h

apenas algumas dezenas de pessoas sobrevivessem. Você é uma delas.

De cada área do conhecimento sobra uma pessoa, você é o único de sobrevivente que conhece de TI. Suponha que em uma reunião, essas pessoas(engenheiro, médico, advogado, agrônomo etc) decidam que é necessário reconstruir todo o conhecimento para que haja chances de sobrevivência dos que restaram.

Supondo ainda que você detenha todos os conhecimentos de TI, o que você deixaria como está, o que você reformularia e o que você deixaria de fora dessa "reconstrução"?

Lembre-se que toda a tecnologia em relação a informática dali para frente será baseada no que você decidir "recriar"

wantuiliv
(usa Ubuntu)

Enviado em 01/10/2010 - 13:13h

Com certeza seria um trabalho colosal porém seria bastante interessante, acredito que a primeira coisa a ser feita é compartilhar o conhecimento e para isso a primeira coisa que tentaria recuperar ou recriar seria o projeto Alice. Pois ele é muito interessante e meus dias de solidão na ti terião seus dias contados.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 03/10/2010 - 14:14h

Eu não criaria nada de pc ou ti.
Acho que seria mais saudavel se vivessemos do que plantamos e criamos.
Tecnologia gera armas que gera guerras.
Basta duas...Eu não quero ser reponsavel pela terceira!

tlaloc
(usa Gentoo)

Enviado em 03/10/2010 - 14:45h

Clodoaldo, não é a tecnologia que cria as guerras. As tecnologias são ferramentas de guerra, não motores de guerra.

Quem faz a guerra, afinal, é quem faz o uso da tecnologia. Para o bem ou mal da sociedade, vai de cada um.
Por isso que físicos que estudam a parte de projetos nucleares tem uma cadeira obrigatória na graduação e pós-graduação: ética

Feita esta introdução, a pergunta é interessantíssima!
O que eu vejo como que seria necessário:

Primeiro passo seria reunir as pessoas por foco de conhecimento e recriar a indústria. Sem hardware, não há software e sem ambos, não há rede, e sem esta tríade, não há TI.

Tendo reunido o suficiente para se recriar as indústrias e a manufatura (não estou entrando no mérito viabilidade, nesta abordagem), seria necessário que se criassem modelos sustentáveis de TI, práticas e teorias. No caso, seria a criação de uma ITIL V4.

Após isto, seria ideal que a TI fosse inserida em todos os meios de conhecimento, como ferramenta para auxiliar e acelerar o processo de desenvolvimento das demais áreas.

Infelizmente, isto nos levaria a um fim inevitável: a TI acabaria por crescer conforme a demanda.

Isto não é o ideal. O ideal seria que a TI fosse avançada em relação a demanda e sempre conseguisse as soluções antes da necessidade.
Não sei como eu faria isto, mas seria a grande mudança que eu deixaria para o futuro de uma nação reconstruída:

fazer com que a TI (e a tecnologia em si) ande a frente da necessidade e possa se auto-sustentar.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 03/10/2010 - 15:19h

Quem faz a guerra, afinal, é quem faz o uso da tecnologia. Para o bem ou mal da sociedade, vai de cada um.
Concordo...mas "nós" SEMPRE fazemos mal uso das tecnologias criadas...Foi assim desde a invenção da roda e descoberta do fogo.
O homem é e semrpe será um eterno destruidor da criação.
Mantenho minha posição!

meinhardt_jgbr
(usa Debian)

Enviado em 04/10/2010 - 00:17h

Se examinarmos um pouquinho mais a história, particularmente a do uso da informática, notaremos que ainda não é possível responsabilizar estes avanços tecnológicos (hardware e software) com quaisquer das grandes guerras mundiais, pois o primeiro computador, o Eniak, surgiu no final da Segunda Guerra e o objetivo era usar para fazer cálculos de tiro em Artilharia. Na verdade o mesmo nunca foi usado para isto já que era pouco pratico o seu uso considerando as dimensões do mesmo. O computador portanto também não foi utilizado para o desenvolvimento das primeiras bombas atômicas lançadas no Japão. Naquela época os cálculos eram todos feitos "na unha" ou no máximo com o uso de alguma calculadora do estilo de uma Facit. O alemães calculavam a trajetória das V2 e V1, na unha e colocavam as meninas direitinho em cima de Londres. Nas V2 o calculo era ainda mais precário, estando baseado no fim do combustível quando a mesma caia por conta própria, sem nenhum comando. Logo o combustível precisava terminar um pouco antes de chegar a Londres ou a qualquer outro alvo.
Por esta razão não poderíamos culpar a TI pelo menos por guerras de grande amplitude, apenas as localizadas que ocorreram depois, a partir dos anos 50.

Partindo deste pressuposto portanto, não me preocuparia com o uso da TI em guerras mundiais pois pelo menos no passado não ocorreu nenhum eventos destes que pudesse ser imputado a TI.

Sem dúvida faria tudo para que a predominância fosse de código aberto. Quem desejasse criar sistemas proprietários, este seria problema dos autores. Partindo deste ponto ao invés de sistemas proprietários, a evolução da TI seria outra, seguindo outra metodologia totalmente distinta. Com a massa primeiro habituada ao código aberto, quem iria ter interesse em usar sistemas operacionais proprietários, pagar por isto ou até mesmo desenvolver soluções para piratear se sistemas em código aberto estivessem disponíveis?

Acredito que apenas com esta alteração as coisas seriam muito diferentes.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 04/10/2010 - 07:06h

Deixaria como está a ciencia da computação ( a disciplina ), pois seus conceitos são essenciais para o desenvolviemto de qualquer sistema fisico ou lógico.

Modificaria a analise de sistemas pois os problemas mesmo que de proporções menos graves como o descrito na pergunta tendem a evoluir indiferente ao tempo e como este é um momento singular creio que alguns métodos pre existentes (antigos) seriam pouco eficases e o estudo de sua aplicabilidade seria um desperdicio de tempo.

E finalmente extinguiria a propriedade intelecutal exclusiva.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 04/10/2010 - 08:25h

Estamos raciocinando como se não tivéssemos nem mesmo aquela noção inicial de programação.
Na hipótese de ficar apenas UMA pessoa com conhecimento de TI e um engenheiro, temos de responder a uma pergunta fundamental:
Como reconstruir os computadores (considerando que os existentes teriam sido destruídos)?
Sim, por que isso envolveria também o trabalho da "piãozada" (metalúrgicos, eletrotécnicos, prototipistas, etc.).
O técnico de TI seria obrigado a "descer do seu pedestal tecnológico" para realizar as tarefas mais primárias da construção (cortar, serrar, limar, soldar, adaptar, encaixar, aparafusar) de um simples computador. Teria de fazer obras de mecânica pesada e também de mecânica fina para poder cumprir seus objetivos, se seguisse por esse caminho.
Ou seja, somente depois dessa questão resolvida é que se poderia partir para a verdadeira engenharia do conhecimento. Haveria muita coisa a ser desenvolvida paralelamente e pouco tempo para testar tudo isso.

Portanto a solução mais lógica seria compartilhar todo o conhecimento das mas diversas matérias mesmo que de forma empírica, para que tal somatório de idéias pudesse ajudar na vida prática dessa pequena coletividade.
O povo precisaria de médicos, enfermeiros, lixeiros, (talvez não de advogados...) ou seja, de pessoas para fazer de TUDO o que uma coletividade necessita. A melhor forma de fazer isso é TODOS assumirem a responsabilidade pela sobrevivência, longevidade e segurança do grupo.
Acho que em tais condições não daria para ficar pensando nem em computadores, nem em TI.